O USO DE LASER NO CONTROLE DA DOR

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Uma das grandes temáticas abordadas dentro da Medicina Regenerativa é a dor crônica – aquela que persiste por mais de três meses. Quando olhamos para o número de pessoas sofrendo com ela, dá para entender o porquê ela é cada vez mais estudada.

A Associação Internacional de Estudos da Dor (IASP, em inglês), estima que no mundo, a prevalência de dor crônica esteja em torno de 10,1 a 55,5%, com a média de 35,5%. Embora aqui no Brasil haja poucos estudos epidemiológicos, algumas pesquisas confirmam que essa incidência seja semelhante.

Começando do começo: o que é a dor?

É claro que para quem sente, a dor é evidente. Mas a verdade é que nem sempre é fácil defini-la. Para tentar mudar essa realidade, tanto a IASP e a Sociedade Brasileira para o estudo da Dor (SBED) atualizaram recentemente a definição do conceito. Vejamos como ele ficou:

Trata-se de uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada ou semelhante àquela associada a uma lesão tecidual real ou potencial”.

Mas afinal, por que sentimos dor?

A dor é a forma que nosso corpo encontra de sinalizar que algo está errado. Geralmente, ela também é sinal de que está havendo reparo tecidual. Quando o paciente queixa-se de dor, é comum que, no intuito de acabar com ela, faça-se o uso de antiinflamatórios e corticosteróides – o que não é lá tão bom: isso acaba minimizando a capacidade do corpo de regenerar a lesão.

Classificando as dores.

A dor pode ser classificada em 4 principais grupos. Vamos conhecê-los e entender a diferença?

  • Dor Aguda: é um sinal fisiológico de que ocorreu um trauma ou uma lesão no corpo. Ela desaparece assim que o problema é solucionado e não dura por mais do que três meses.
  • Dor Crônica: costumamos pensar que esse tipo de dor é apenas a dor aguda tratada de forma ineficaz, mas ele é bem mais do que isso. Basicamente, ela é uma modulação que ocorre no sistema nervoso central (SNC) que permite que o corpo se adapte à situação. Ela é de difícil delimitação de tempo e muitas vezes é associada à ansiedade e depressão.
  • Dor neuropática: é quando ocorre lesão no sistema nervoso. As principais causas dessa dor são os traumas, infecções e degeneração, sendo que os sintomas são dor no trajeto do nervo e queimação.
  • Dor nociceptiva ou nosciplástica: esse tipo de dor é bem intenso e profundo. O principal sintoma nesse caso é a sensação de pressão na região.


Tratando a dor

Ah, se fosse simples! A verdade é que o tratamento da dor pode ser um processo bem complexo, envolvendo a parte física e mental do paciente.

É necessário uma reeducação e reorganização do corpo em todas as suas dimensões. As boas práticas de sempre também são recomendadas aqui: alimentação saudável, prática de atividade física, meditação e sono regular – todas essenciais para o tratamento da dor, especialmente se ela for do tipo crônico.

Além disso, o básico precisa ser feito: uma triagem que encontre a origem da dor. É a partir dela que o melhor plano de tratamento para o paciente é definido.

Um tratamento potente

O laser de alta potência é um ótimo aliado no trato da dor: ele pode reduzir a percepção de dor sem interferir no mecanismo de regeneração tecidual do corpo.

E os benefícios são muitos: em geral, ele alivia o sintoma ao mesmo tempo em que acelera a reabilitação e favorece a regeneração. Entendendo um pouco mais:

  • Efeito analgésico: o laser estimula mecanicamente as terminações nervosas envolvidas no sistema da dor. Com tais nervos estimulados, eles ficam “ocupados” e com isso, não conseguem transmitir o impulso nervoso da dor local até o sistema central. Esse mecanismo é chamado de Controle da Porta da Dor e é comprovadamente eficaz no manejo da dor.
  • Efeito antiinflamatório: o laser de alta intensidade acelera fornece energia às células e acelera o metabolismo celular, causando uma reabsorção mais rápida dos mediadores pró inflamatórios.
  • Relaxamento muscular: o laser estimula e até aumenta a circulação sanguínea local, o que incentiva o relaxamento dos músculos.


Cada organismo é único

Vale lembrar que apesar de recomendado, cada paciente reage ao procedimento de uma certa forma. Para alguns, apenas uma sessão associada a outros tratamentos, como fisioterapia e medicação, é o suficiente. Já outros necessitam de mais sessões.

Os benefícios da terapia podem ser experimentados por meses e até alguns anos. Caso a dor volte, o procedimento pode ser repetido. De qualquer maneira, a ajuda que o laser traz no controle da dor é indiscutível.

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