FITOTERAPIA EM TEMPOS DE PANDEMIA

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A fitoterapia é o campo da ciência que estuda as funções terapêuticas das plantas e vegetais. Quando paramos para pensar na grande variedade de plantas medicinais existentes no mundo, fica claro a importância desse tipo de estudo que tem como principal objetivo estimular as defesas naturais de nosso organismo. 

Essas plantas podem oferecer diversos recursos à nossa saúde, desde preventivos e terapêuticos para uma infinidade de doenças. 

Fitoterapia x Pandemia

Nesse momento de pandemia, essa ciência se faz mais importante do que nunca, já que alguns estudos têm evidenciado o fato de que alguns  fitoterápicos podem ajudar a melhorar a resposta do sistema imunológico frente à COVID-19. 

No nosso bate papo de hoje, especificamente, vamos falar sobre as evidências científicas de um fitoterápico chamado Equinacea.

Para começar, vamos conhecer um pouco mais essa planta?

A echinacea possui nove espécies diferentes, sendo que as três mais estudadas são a Echinacea angustifolia, Echinacea purpurea e Echinacea pallida. O importante aqui é saber que cada uma delas possui propriedades terapêuticas. 

Impactos em nosso sistema imune 

A imunoestimulante, que é a que vamos focar no momento, é determinada pela fração de polissacarídeos que cada espécie contém. Essa parte polissacarídica é conhecida como equináceas e equinacosídeos. 

Os nomes são complicados, eu sei, mas o que temos que entender é que esses princípios ativos podem aumentar o número de leucócitos, estimular a sinalização de macrófagos com capacidade de fagocitar patógenos (ou seja, atacar vírus, bactérias ou outros agentes patológicos) e ainda, podem promover o aumento de células NK (Natural Killer), que são capazes de reconhecer e destruir células infectadas por vírus, por exemplo. 

Resumindo, os estudos mostram um efeito imunoestimulante, anti-inflamatória, antioxidante, antiviral e antibacteriano. 

Mas como isso funciona na prática? 

Essa planta tem a capacidade de interagir com as vias metabólicas de macrófagos e na produção do interferon α e β. Ambos são moléculas que compõem o sistema imune e esse último é capaz de inibir a replicação do vírus dentro das células infectadas. É isso o que explica a atividade antiviral da Equinacea. 

Essa ação não se resume apenas na resposta ao COVID-19. Na verdade, estudos feitos com preparações orais contendo extratos hidro-alcoólicos de Echinacea purpurea e da raiz de Echinacea pallida se mostraram eficazes ao expressar atividades imunomoduladoras quando administrada 6 dias antes da exposição do vírus influenza-A. 

Como consumir os benefícios 

As principais fontes de extração dos princípios ativos são as folhas, as flores e também, as raízes. Para o consumo caseiro, chás e ultradiluições  são indicadas, mas de forma mais segura, temos os produtos manipulados, como o extrato homogêneo da planta. 

Para concluir 

Podemos concluir então que a Equinacea tem um potencial terapêutico no controle de doenças infecto-contagiosas. Contudo, para que isso seja devidamente comprovado, mais estudos randomizados e controlados, com um  número maior de pacientes, devem ser realizados. 

Lembrete Importante

E como sempre, para finalizar, fica o alerta de que esse conteúdo não tem como objetivo a auto prescrição e que sempre é importante consultar um médico ou um fitoterapeuta para adequar o uso desta planta ao grau da patologia.

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