Deficiências Nutricionais – por que temos?

deficiencias-nutricionais-–-por-que-temos?

Começo nossa conversa de hoje com uma pergunta: você já fez algum exame de sangue e ele apontou que seu organismo estava com o nutriente X abaixo do recomendado?

Se isso nunca aconteceu com você, estou certo de que você conhece alguém que estava com a vitamina X ou Z baixa… As famosas deficiências nutricionais. 

Uma famosa, por exemplo, é a de ferro, que pode levar à anemia. Mas, por que é que elas podem acontecer? 

Existem alguns fatores importantes, sejam eles relacionados ao próprio alimento ou aos nossos hábitos alimentares. Vamos falar sobre os principais? 

Processo de preservação: um alimento in natura pode ser riquíssimo em uma certa vitamina, mas se não preservado ou armazenado corretamente, pode ter seu potencial biológico diminuído significativamente, especialmente quando falamos das vitaminas E, C e B1. 

E mais: o processamento, armazenamento e aquecimento/ resfriamento de alimentos podem causar uma perda de 40% de vitamina A, 100% de vitamina C, 80% de vitaminas do complexo B e 55% de vitamina E. É, a gente acha que estamos nos nutrindo com alimentos saudáveis, mas esses detalhes podem deixá-lo sem nada de nutrientes.  

Nossa ingestão alimentar: certos alimentos ricos em um ou dois nutrientes, quando ingeridos em grande quantidade, pode aumentar a necessidade de ingestão de diferentes nutrientes, como é o caso dos grãos refinados. Seu consumo aumenta as necessidades de vitaminas do complexo B e cromo para manter o equilíbrio glicolipídico. 

Alimentos falsos: os famosos aromatizantes e corantes artificiais de alimentos. Eles comprometem a disponibilidade de outros fatores nutricionais em nosso organismo. Por isso, o melhor é evitá-los.

Banho de sol: não é só prazeroso não, viu? A pouca exposição à luz solar promove uma epidemia global de baixa vitamina D. 

Ingestão de álcool: bom, o álcool é uma conhecida toxina do fígado e seus efeitos vão além do popular “relaxamento”: ele reduz a absorção e a biodisponibilidade de muitos  micronutrientes, como as vitaminas C, E, do complexo B (tiamina, niacina, piridoxina, ácido fólico, cianocobalamina) e ainda do cálcio, magnésio, zinco, vitamina A, carotenóides e SAMe.  

Cigarro: os componentes do tabaco (ativos ou passivos) afetam a barreira da pele e os sistemas mucosos, aumentando a necessidade de antioxidantes, como as vitaminas C e E. 

Estilo de vida: o estresse faz parte do dia a dia da maioria da população. Mas esse estilo de vida do mundo moderno aumenta a necessidade de nutrientes como o ácido glutâmico, L-glutamina, L-arginina, antioxidantes e vitaminas do complexo B. 

Preparo: sim, o preparo do alimento faz toda a diferença. Cortar ou esmagar alimentos para preparar suas refeições faz com que reações de oxidação enzimáticas sejam iniciadas e, essas reações destroem nutrientes importantes. A perda média de minerais e outros nutrientes dos vegetais pode atingir mais de 30%. 

Desequilíbrio: são a causa de tudo, né? E quando falamos de ácidos graxos, esse desequilíbrio é significativo e favorece uma tendência de inflamação persistente de baixo grau. E tudo isso é consequência da distorção dos hábitos modernos. 

Nosso quadro nutricional é mais complexo do que achamos 

É, nada é tão simples quanto pensamos, né? E com todos esses tópicos acima percebemos que nem sempre a deficiência nutricional está relacionada à falta de ingestão de alimentos nutritivos, já que coisas simples como armazenamento e preparo podem diminuir a quantidade de nutrientes biodisponíveis naquela refeição. 

O quadro nutricional em pacientes 

Todos esses fatores nos mostram que existe uma possibilidade considerável de necessidade de reposição nutricional injetável principalmente em pacientes com doenças crônicas ou degenerativas. 

Nesses casos em específico, o tratamento ortomolecular deve garantir uma recuperação rápida e eficaz dos componentes nutricionais deficientes ou insuficientes. 

Já no contexto de pacientes agudos, algumas das circunstâncias nutricionais podem ser parecidas, mas os regimes da suplementação intravenosa geralmente são usados por curtos períodos, já que depois que a causa do problema agudo for detectada e corrigida, qualquer deficiência nutricional resultante não deve se prolongar muito, principalmente após um período de suplementação limitada no tempo. 

E finalizando, é sempre recomendado que todos nós estejamos com nossos exames em dia, de modo a acompanhar de perto o que acontece em nosso corpo e, caso necessário, partir pra suplementação. 

Artigos Relacionados

o-que-e-a-medula-ossea?

o que é a medula óssea?

Hoje voltaremos a falar sobre ela: a medula óssea.  No artigo anterior, conhecemos algumas de suas células-tronco e entendemos como é o funcionamento básico dessas moléculas. 

Leia Mais »

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Podemos ajudar?