E hoje, mais uma vez vamos falar dela: a osteoartrose (OA para os íntimos). Mas dessa vez, com uma abordagem bem diferente: os tratamentos fitoterápicos para a OA.
E olha, a primeira coisa que se vem à cabeça quando o assunto é esse é a cúrcuma. Veja porque:
A Cúrcuma longa é uma planta enraizada na família do gengibre que se tornou super popular quando falamos tanto em medicina Ayurveda quanto em medicina tradicional chinesa. Isso porque ela possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
Parece mais um “remédio caseiro” popular que ganha espaço sem comprovação, né? Mas com a cúrcuma, você pode ficar tranquilo: ela funciona mesmo.
Seu agente principal, a curcumina, é um eliminador natural de espécies reativas de oxigênio, os famosos radicais livres. E voltando à condição que citamos inicialmente, ela tem se mostrado eficaz no tratamento da dor causada pela artrose.
Os estudos que comprovam a eficácia da cúrcuma:
E é o que eu sempre digo: na dúvida, busque artigos e estudos científicos para te ajudar a esclarecer o que de fato é verdade e o que não é.
E no nosso caso, estudos pré clínicos descobriram que o extrato de curcuma longa regula várias vias bioquímicas, modulando vários alvos moleculares, incluindo citocinas, enzimas, fatores de transcrição e até mesmo genes que regulam a apoptose, que é a morte celular programada.
A Cúrcuma e nossos processos biológicos:
Um dos principais mecanismos influenciados pela cúrcuma parece estar relacionado à proteção de condrócitos, que são as nossas células da cartilagem, contra ações da IL-1B, uma das citocinas mais inflamatórias existentes.
Além disso, também foi apontado a inibição de enzimas como a fosfolipase A2 (cPLA2), ciclooxigenase 2 (COX-) e 5-lipoxigenase (5-LOX). Os nomes podem ser difíceis, mas o importante de sabermos é que todas as enzimas citadas anteriormente são mestres da inflamação.
E ainda, foi detectada uma influência inibitória sobre enzimas que degradam a matriz extracelular, como a hialuronidase e a colagenase.
E ela com a OA?
Um tipo de estudo chamado meta análise feito recentemente mostrou que pacientes com OA que usaram a cúrcuma obtiveram melhora na pontuação de duas escalas mundiais importantes, a The Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC) e a escala visual analógica (VAS). Além disso, os efeitos colaterais que eles sentiram não foram maiores do que os causados por anti inflamatórios (AINEs), o que reduz os riscos do uso indiscriminado desses últimos.
E pra finalizar, um ponto importante: a gente sabe que quando usamos uma substância em excesso e por muito tempo, ela pode causar danos ao nosso organismo. No caso da cúrcuma, ela foi considerada não tóxica mesmo após o uso de até 8.000 mg por dia durante 3 meses, sendo assim considerado um composto inofensivo pela FDA, um órgão regulamentador dos Estados Unidos e um dos maiores do mundo.